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9 de janeiro de 2018

Crítica: 4 temporada de Black Mirror, se afoga no cotidiano


Uma serie muito bem bolada, mostrando por realidades distópicas e de modo exagerado uma boa crítica a sociedade contemporânea, na qual vive conectada no vicio por tecnologias cada vez mais modernas e que inspira o sensacionalismo pelo desejo de aparecer cada vez mais, por meio de fotos e holofotes invisíveis e físicos. Episódios como "Queda livre", o fanatismo por status nas redes sociais; "Volto já", a tecnologia tentando recompensar a morte; e "15 milhões de méritos", a busca pela fama. Eles nos conversem a pensar sobre os nossos atos na sociedade atual e nas suas consequências.

Essa nova temporada perdeu a habilidade da crítica, do exagero e a necessidade constante da tecnologia. Na verdade, tentou provar o quanto mal as inovações tecnológicas fazem mal ao ser humano e podem se voltar contra nos. Foram 8 episódios tentando provar a mesma teoria. Além de personagens monótonos (...)

Em "Metalhead", foram 41 min uma mulher correndo de um cachorro robô. O que aconteceu para chegarem aquilo? Por que ter medo dele? Qual o objetivo dela, só pegar uma caixa com ursinhos de pelúcia? NADA. O contexto para o publico entrar dentro do episódio não teve, faltou esse açúcar. Além de estar tudo de preto e branco, uma boa ferramenta, na qual foi mal usada.

Por que mal usada? Esse fundo cria um tom profundo na imagem, uma margem de época ou neutralidade. Suposições. Como no filme "Lista de Schindler", o preto e branco auxiliou para demonstrar o sofrimento daquelas cenas da 2 Guerra Mundial. Quando mostrou aquela menina com casaco vermelho para um cenário sem cor foi a maior crítica de todos os tempos. Isso faltou naquele episódio. Qualquer detalhe faz toda a diferença.

Devido aquelas cenas de escalada e enfoque no rosto, parecendo um remake de Jogos Vorazes. Houve outro capitulo com amor por sagas. E quem nunca sonhou na chance de viver na sua saga favorita?

O personagem Robert Daly, de "USS Callister", criou um jogo que recria o Star Trek, para tornar-se o poderoso e heroico Capitão Daly. Na realidade, era um homem infeliz, sem poder de decisão e fraco. Um terror psicológico de trabalho ideal para o Black Mirror demostrar as frustrações e dramas. Porém não saiu da normalidade da situação. Parece um filme de Seção da Tarde.

Como ele fez isso? Com o aparelho criado no "Versão de testes". Outros episódios também usaram tecnológicas criadas nas temporada anteriores. Mostrando que não houve nada de inovador, só meros repetecos.

No "Black Museum", serviu para comprovar uma vez por todas que a tecnologia é do mal, brinca com o ser humano e contou de inovações antigas.

Sinceramente, essa não é a mesma serie que conquistou tantos espectadores interessados na discussão de como será o nosso futuro e como podemos fazer para não cometer os mesmos erros.

Ps: os meus episódios favoritos foram "Hang the DJ" e "Arkangel". Ambos não fogem da crítica acima, mas merecem um post a parte.

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