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23 de dezembro de 2017

Analise do episódio "15 milhões de méritos", de Black Mirror


Ao falar do Black Mirror todos falam desse episódio, pois a realidade do nosso cotidiano nos assusta quando percebemos que vivemos em uma mundo onde todos fazem as mesmas coisas e com o mesmo objetivo. Isso seria um resumo do objetivo dessa serie ao criticar de modo exagerado a sociedade moderna por personagens utópicos. Nos quais representam o desejo plural social, uma bela casa, o carro do ano, amor, belas fotos nas redes sociais e obter tecnologia de última geração.

Nesse episódio, as pessoas pedalam em uma academia, para conseguir pontos até chegar aos 15 milhões e ter a chance de mudar de vida, virando celebridade. Essas pessoas vivem num lugar rodeado de telas com programas de TV passando o tempo todo, como uma motivação para pedalarem mais e chegarem a estar neles. Além desses pontos serem para comprar comida e acessórios para o seu avatar, quanto você usa a mesma roupa noite e dia.

Atualmente ficamos horas na academia, usando roupas iguais ou parecidas com todo mundo, pois está na moda usar aquilo naquele ambiente. Pedalamos e fazemos musculação com o objetivo de ficar sarados, não saudáveis, só para ficar bonito nas fotos, para os amigos e usar roupas bonitas. As pessoas ficam viciadas na academia, por dar resultado no corpo. Além de passar sempre os mesmos programas na TV nesse ambiente, normalmente na Globo, no Esporte TV e Off. 


Isso seria diferente do episódio? Eles usavam a mesma roupa, assistiam TV para pensarem "nossa vou ganhar os pontos e ficar igual aquela pessoa" e aquilo não os faz felizes só era necessário. Todo dia você se levanta e vai a academia por felicidade? Ou prefere ficar na sua cama ou fazer qualquer outra coisa?

O protagonista do episódio se apaixona por uma garota bonita talentosa, então decide dar os pontos para ela cantar no reality shows. Na hora do show, fica nervosa cantando e os jurados fazer pressão para ela virar prostituta no programa sexy ou voltar a pedalar. Ele indignado por ela ter cedido aquele mundo artificial decide por vingança.

Então pedala sem parar e rouba comida para chegar aos 15 milhões de créditos e falar a todos como aquilo era horrível e sem sentido viver daquele jeito. Ele cede a própria hipocrisia aceitando ter o próprio programa para fazer reflexões.

Nos aceitamos a subordinação e vivemos as próprias contradições todos os dias. Não gostamos de muitas coisas, mas continuamos fazendo, então aquilo que falamos só vem da boca para fora e continuamos a ser hipócritas. Os youtubers chegam na internet, fazem grandes discursos e depois seguem a vida normalmente seguindo as suas contradições. Os videos bombam, assistimos e pensamos: verdade, vamos fazer tudo diferente. NÃO! Vamos pensar, virar para o lado e fingir que aquilo mudou a nossa vida. Só um entretenimento.

Um ruivo no final do episodio compra um acessório do programa desse protagonista para o seu avatar. Quando os famosos usam algum acessório ou roupa as pessoas acham lindo e correm para comprar igual, todas as lojas vendem o mesmo produto com preços diferentes para atrair o consumidor.

Somos uma sociedade hipócrita, aceitem caros leitores, continuaremos achando o mundo injusto, usaremos blusas verde e amarela na Av. Paulista e voltarem para casa como se nada tivesse acontecido. Ainda há corrupção e há famílias passando fome no Natal. O que fazemos para mudar? Nada. Porque fica bonito pensar na solidariedade, doar roupas e alimentos e ficar por isso mesmo. Somos hipócritas, como o protagonista do episódio, quanto mais cedo aceitarmos melhor.

Quem quiser dizer que estou errada a vontade, pelo menos veja o episódio. Se quiser concertar algum erro meu de português agradeço. Bom Natal a todos nos hipócritas de plantão. 

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